domingo, dezembro 30, 2012

Drissíadas 2013

Driss é um party-animal. Não há dúvidas quanto a isso. Ele quer lá saber da crise, dos impostos, das privatizações e dessa trampa toda – because Driss just wanna rock on! E cá estamos nós, à porta de mais um réveillon, a altura do ano em que Driss larga os tapetes e os ramadões para curtir que nem uma besta.
Este ano, Driss orquestrou um mega-evento: as chamadas “Drissíadas”, um acontecimento épico que se orgulha de receber os contributos de personalidades dos mais variados quadrantes. Se Driss também já é tradição, este ano Driss vai presentear-nos com a justaposição. So check this out.








Esperemos que vocês também se divirtam com as Drissíadas e deixamos os nossos sinceros votos, em nome de toda a Administração desta vossa SAD, para que 2013 possa ser tão bom quanto o pior de 2012. Ou melhor, que o pior de 2013 seja tão mau quanto o melhor de 2012. Isto é, que o pior de 2012 nunca mais se repita, a não ser que seja o pior do melhor de 2013. Quer dizer… nah, que se lixe: safem-se de 2013 da melhor forma que puderem.

quinta-feira, dezembro 27, 2012

Uma Vida Escavacada

Em 1995, ele era o parceiro predilecto do Pauleta no Estoril. Uma frente de ataque de respeito, com Curcic e Artur Jorge Vicente a coadjuvar. E já nessa altura, como agora, se podia dizer com propriedade que “os amigos do Cavaco safam-se bem”. O Cavaco, porém, não se safou tão bem. Quer dizer, houve piores, mas após um início auspicioso e até eufórico, a imagem dele destroçou-se com o tempo. Espalhava-se aos quatros ventos que ele era um especialista no difícil mester do golo, mas não fez a bola beijar as redes como o povo aspirava. E o povo cansou-se de pagar bilhetes cada vez mais caros para tão deploráveis espectáculos. Responsabilizaram-no por más épocas; ele tentou manter a pose e sair de fininho. Um movimento táctico que deixou de funcionar, até para os olhos menos analíticos e mais apaixonados dos meros treinadores de bancada.

Hoje em dia, pese embora o seu relativo obscurantismo e a postura taciturna, é um tipo que anda nas bocas do mundo – quase sempre pelas piores razões. Toda a gente diz “o Cavaco isto”, “o Cavaco aquilo”, “o Cavaco devia estar calado”, “o Cavaco sobre isto não diz nada”, “o Cavaco que venha ver isto”, “o Cavaco que se deixe estar quieto”… o Cavaco nunca está bem e já enjoa. As cavacas não; mas o Cavaco sim. O Cavaco podia ser mais fixe como o outro. Mas agora já não vai a tempo: o Pauleta só lhe fala por ocasiões estritamente oficiais e para manter o protocolo; o Curcic preferiu outras figuras para comporem os prefácios das suas obras de literatura infantil; o Artur Jorge Vicente disse que o ia visitar ao Algarve, o local de eleição onde passou várias temporadas, mas até agora nicles, safa-se com desculpas tão esfarrapadas como “ah, o sumo das laranjas do teu quintal faz-me mal ao pâncreas”. O Cavaco diz que tem uma conta bancária depauperada, perdeu amigos e anda triste, mas nós andamos mais tristes com ele.

Agora, equaciona mudar o nome para Pássaro – um belo apelido que esteve sempre ali à mão, a seguir ao tradicional Luís Miguel –, só para mudar de ares e quiçá voar daqui para fora quando fartar-se disto a sério. Como uma andorinha, antes que o chamem abutre.

domingo, dezembro 23, 2012

Natal É Rudi (E Mais Qualquer Coisinha)



Natal é tradição. E a tradição de Natal é mais que um bolo-Rodolfo-Reis, é mais que uma árvore de Natal com embrulhos ao seu redor, é mais que as capas ridículas dos jornais desportivos. Tradição de Natal é Rudi.

Rudi, que por causa do seu belo penteado à tigela, ganhou a audição para novo vocalista dos Weezer, batendo Medane aos pontos. “Uma questão de atitude”, confidenciou-nos o management da banda. Portanto, a tradição é Rudi mas Rudi desafia a tradição. Já estou a ver “The Sweater Song” cantada em transmontano com sotaque balcânico e um clip cheio de alheiras.


Natal é Paixão. Natal é Hamori. Afinal o Natal é o quê?

O Natal é o que nós quisermos que seja, sempre quando quisermos que seja. Porém, a gente costuma dizer que primeiro vem o Paixão e só depois chega o Hamori. O Paixão é uma força assolapada que nos ataca de pitons em riste, pleno de rebaldaria e fogoso com os seus cabelos insubmissos que mais parecem uma hidra de sete cabeças. Já o Hamori chega de mansinho, instala-se subrepticiamente no nosso âmago, é discreto e lavadinho como se acabasse de sair do banho, mas não duvideis do seu forte pontapé. O Paixão passa bem sem o Hamori mas, não raras vezes, o Hamori começa após um tackle eficiente do Paixão. E por isso é que dissemos que primeiro vem o Paixão e só depois vem o Hamori. O que nem sempre é verdade, mesmo quando tudo nos leva a pensar o contrário.


Por exemplo, na situação acima, o carro nº1 conduzido pelo Paixão, um Peugeot 206 verde com aileron traseiro e luzinhas roxas a debruarem as suas partes baixas, avança maneiro pela estrada fora, com o stereo a debitar inanidades sonoras indiferente a tudo ao seu redor; está confiante que terá prioridade sobre o Hamori, a vetusta espécie de furgão branco com o nº2, que se aproxima vagarosamente do cruzamento pela sua esquerda. Contudo, há um ríspido sinal STOP que faz com que Paixão trave bruscamente, eventualmente com o auxílio do travão de mão, de modo a evitar as sempre lamentáveis colisões mortais entre Paixão e Hamori – verdadeiras visões doentias onde a amálgama de despojos deixa o espectador confuso sobre o que seria aquilo realmente, se Paixão ou Hamori, com resultados por vezes devastadores para a saúde mental dos próprios transeuntes. “Maldição!”, brama Paixão, enquanto o Hamori, tranquilamente, avança a sua inexorável marcha.

E se é João Catatau a validar esta situação, nós nada podemos argumentar.



Natal é magia. Só isso explica que Zeferino Boal esteja na calha para ganhar a votação que por ora se encontra no canto superior direito deste vosso humilde blogue. Será a primeira votação que Boal ganhará na sua vida, mesmo considerando as votações para delegado de turma e para administrador de condomínio. A boa estrela que guiou os Reis Magos está também a ajudar o nosso dedicado Zeferino a encontrar o seu caminho. O papa pode dizer adeus à vaca e ao burro no presépio, mas não pode fazer nada quanto à força mística de Zeferino. No Natal canta-se pela glória de Boal.

Um feliz e cromífluo Natal a todo o povo da bola.
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